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CEFET-MG

Consciência Negra

Quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Com a assinatura da Lei Áurea, em 13 de maio de 1888, pela Princesa Isabel, a escravidão foi oficialmente abolida no Brasil. Mas após mais de três séculos de exploração dessa perversa e desumana prática mercantilista e social, o decreto não transformou os negros recém-libertos  imediatamente em cidadãos, pois não ofereceu nenhum direito ou mecanismo de reparação  que efetivamente proporcionasse a inclusão social. A herança social da escravidão negra ainda se faz presente no Brasil, embora a opressão tenha adquirido novas formas de manifestação na atualidade.

A vulnerabilidade da população negra e periférica brasileira é notória. De acordo com dados da  Anistia Internacional, 77% dos jovens assassinados no Brasil são negros, do sexo masculino e moradores de periferias. Os negros são, igualmente, mais propensos a sofrer violência policial, bem como representam a maioria étnica da população carcerária brasileira. A discriminação e a segregação dos negros na sociedade brasileira também são evidenciadas pelas dificuldades de acesso a boas condições de ensino/aprendizagem, permanência nas instituições de ensino e avanço nos níveis de escolaridade.

 A busca por condições que possam reverter essa realidade vergonhosa envolve a abolição das formas de exclusão e preconceito, o que demanda a adoção de políticas públicas que assegurem o usufruto dos direitos básicos, como segurança, educação, saúde, cultura, trabalho e mobilidade urbana, com vistas a proporcionar justiça social.

O Dia Nacional da Consciência Negra, instituído na data de 20 de novembro, que corresponde, segundo os historiadores, à ocasião da morte de Zumbi dos Palmares, importante liderança negra, representa, portanto, uma ocasião de reflexão, reivindicação e valorização da cultura negra mais do que propriamente um momento de comemoração.

Entre 14 e 19 novembro, a Comissão de Arte e Cultura do CEFET-MG/ Contagem, em complemento às atividades didáticas realizadas em disciplinas das áreas de Humanidades, Linguagens e Artes, propõe uma programação cultural que dialoga com as pautas postas em causa na data.

Cartaz consciência negra FINAL (1)

 Profa. Dra. Yara Augusto